segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Saída para casa...

No hospital o Caio ficava no nosso quarto, e só saia de lá quando alguma enfermeira vinha buscá-lo para o banho, para fazer um exame de glicemia (controle da Santa Casa para saber se o bebê estava se alimentando) ou para tomar uma mamadeirinha de complemento.
O tempo todo ele dormia, e as vezes era difícil acordá-lo, a pediatra da Santa Casa me orientou a tirar a roupinha dele, e deixar ele peladinho quando precisasse mamar se ele não acordasse, assim ele despartaria aos poucos, eu tirava a roupa toda dele, até a fraldinha e ele não acordava.. rsrs
No segundo dia de vida, o Caio ia fazer o teste da orelhinha (para verificar se a audição dele estava boa) e o exame rotineiro para a liberação.

A pediatra me chamou para conversar e disse que assim que o Caio acordasse, ela queria ver ele mamando para poder liberar a gente, queria saber se ele tinha aprendido a mamar direitinho antes de mandar a gente pra casa, também conversou comigo a respeito de um soprinho que ela escutou no coraçãozinho dele, disse que logo que a criança nasce ela tem uma alteração nos batimentos cardíacos, porque na barriga da mãe a circulação do sangue do bebê também dependia da placenta, e agora o corpinho dele vai se adaptar aos poucos a fazer o trabalho sozinho, ela disse que geralmente o soprinho cardíaco some nos primeiros dias, mas como ela ainda estava ouvindo no Caio, era para pedir para o pediatra que iria acompanha-lo depois verificar quando ele fizesse sua primeira consulta.
Fiquei ansiosa com esse soprinho que não tinha sumido, e esperando a fonoaudióloga para fazer os testes da orelhinha.
A fono chegou no meio da manhã, e iniciou os testes com um aparelhinho parecido com aquele que o pediatra usa para observaar dentro do ouvido.
Ela disse que ele emite uma frequencia sonora, e se ele tirasse se mexesse, precisaríamos começar de novo.
Do lado direito foi de primeira, ela examinou e disse que estava tudo ótimo, do lado esquerdo precisamos de umas três tentativas, mas depois disso ela disse que estava ótimo também.

A pediatra veio ver como ele mamava, e já dava umas sugadas bem gulosas.. fomos liberados para ir para casa, só faltava a visita do meu tio para liberar a gente.

Depois de ficar se perguntando e conversando com o João Paulo sobre que horas será que ele passaria pelo quarto, ficamos paquerando o bebê dormindo um pouco mais, se preparando para o almoço delicioso de hospital.
Almoçamos e quando eu ia pensar em dormir um pouco meu tio finalmente apareceu!!
Fez alguns exames, olhou os pontos, aperta aqui e lá..
Me liberou para ir para casa!

Que som maravilhoso tem essa palavra: CASA.

Já não aguentava mais ver os corredores da santa casa, o quarto, eu queria ver a rua, ver minha família, vestir uma roupa mais bonita do que uma camisola, poder eu mesma cuidar do banho do meu filho, enfim.. estava livre!
Chegamos ansiosos, um pouco inseguros e em dois, e íamos embora felizes, nós três!

Meu sogro foi buscar a gente no hospital,  eu coloquei a roupa que tinha separado para ir embora, uma calça de malha saruel, uma bata e uma sapatilha.
Caio já estava trocadinho, pronto para ir para casa!
Como não tínhamos o bebê conforto no carro, o Caio foi embora no meu colo, deitadinho num travesseiro. O travesseiro parecia uma cama king size para ele! Dormiu o caminho todo de Bariri a Ibitinga.

Eu nunca imaginei como era andar de carro com a barriga cheia de pontos, a cada valeta, a cara buraco, a cara solavanco, parecia que ia abrir tudo, que minhas tripas iam pular pelo corte.
Eu andava arcada, achei que nunca mais na vida eu ia conseguir me esticar novamente.
Mas eu estava indo pra casa, estava tudo bem!

Caio dormindo na cama da mamãe

2 comentários:

  1. Que Lindãoooo....ps: sobrava muita roupa nele... owt que fofo..... estou amando ler sua história, da para montar um livro.

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