segunda-feira, 7 de julho de 2014

Post novo, fim de ano, brigas, mãe leoa, devaneios...

Tempos e tempos sem aparecer... pois é..
Coisas da vida!
Não foi esquecimento, nem abandono..
Foram dificuldades e falta de internet mesmo.

Já vamos voltar botando lenha na fogueira..
Já que este espaço é meu, estou com vontade de despejar aqui algumas coisas que por vezes não tenho com quem compartilhar.
Ás vezes (muitas vezes na verdade) me sinto um tanto sozinha nessa cidade.. é bem verdade que converso com as minhas amigas pela internet, mas nada se compara ao papo de verdade, sentar juntas.. enfim..
Andei passando por umas poucas muitas e boas péssimas..
Quem gosta de novela, começa a acompanhar que o papo é reto! rs

Primeiro, o que quero deixar registrado, deixo sem ser uma pessoa/postagem anônima, não me escondo atrás de um blog, vou deixar aberto a comentários.. simplesmente porque não acredito que estou tão errada assim.
Segundo, isso é um desabafo.. não to aqui pra botar ninguém na fogueira das bruxas.

Chega de enrolação e vamos as fatos..

DESMAME DO CAIO
Fim de ano, planejamento para o começo do ano, planos para colocar o Caio na escola.
Ele estava com quase 3 aninhos, pensei em começar a fazer um desmame gradual, para que ele não sofresse quando começasse a escola.
Começamos, pouco a pouco fui distraindo ele durante o dia, e dando o "tetê" só a noite.
Mudei a caminha dele para um quarto só dele, para ver se incentivava ele a deixar de mamar a noite.
Por esses dias ganhamos uma criança chorona e muito carente e manhosa em casa.
Totalmente compreensível, já que ele estava se desvinculando de uma coisa que fez desde que nasceu, é tudo muito,muito novo.

FIM DE ANO
Como já disse anteriormente, era fim de ano, e como de praxe fomos passar o final de ano na cidade dos nossos pais, e assim, mais perto das nossas famílias. (Pelo menos a intenção era essa)
Caio sendo uma criança de apartamento, quer brincar o máximo que ele pode, sempre que consegue companhia, o que é o caso nesse relato, já que a tia dele é criança.

PROBLEMAS
Numa bela noite de dezembro, quando a tia e companheira de brincadeiras do Caio se cansou, ela foi dormir mais cedo. Até ai tudo normal.. menos a minha dor de cabeça pelo excesso de calor..
Deitei na sala e fiquei esperando o analgésico fazer efeito tentando esquecer que minha cabeça doía tanto, quando escutava a voz do Cacá no quarto da tia dizendo:
"titia, você não quer dormir, você quer brincar... abre olhos titia, por favor"
Achei bonitinho ele falando com a tia, pedindo pra brincar, quando de repente o cenário tão calmo de duas crianças conversando sobre a hora de ir pra cama foi bruscamente interrompido com gritos e choro.
Assim que consegui voltar a minha sintonia pro planeta Terra, que comecei a notar o que estava acontecendo..
O pai do meu marido estava aos gritos com o Caio no quarto, porque ele não podia fazer aquilo que ele estava fazendo (pedir pra tia ficar acordada) porque ela precisa descansar.
...

(vou fazer uma pausa pra que você pense na situação)

Quando eu ouvi a tamanha palhaçada que estava acontecendo, e o motivo imbecil de tanta gritaria com uma criança de quase 3 anos, confesso que senti um desprezo tão grande dentro de mim, um nojo, uma raiva..
Sai da sala sem enxergar as coisas que estavam a minha frente, eu só queria ver meu filho que estava aos gritos.

PRIMEIRA PERGUNTA: O QUE VOCÊ FARIA NO MEU LUGAR?

Eu estava num estágio um tanto quanto letárgico, e confesso que demorei um pouco a perceber o que estava acontecendo, quando cheguei no quarto, a mãe do meu marido estava com o Caio no colo, entre o quarto e o banheiro tirando a cueca dele porque ele estava ensopado de xixi.
Tinha feito xixi na calça de tanto chorar.. e (pra sua surpresa) o pai do meu marido estava ao pé da porta do banheiro aos gritos com o Caio AINDA...

SEGUNDA PERGUNTA: O QUE VOCÊ FARIA NO MEU LUGAR SE FOSSE SEU FILHO?

Vou escrever exatamente quais foram as palavras que sairam da minha boca:
Peguei o Caio no colo e disse: VEM AQUI COM A MAMÃE FILHO!
Então comecei a acalmar o Caio, levei ele pro quarto, ele mal conseguia respirar de tanto que chorava, quando veio no meu colo, imediatamente ele pediu o peito. Eu, diante de uma situação dessas, depois de um progresso de desmame de mais de uma semana, cedi - LÓGICO!
Meu marido estava perguntando pro pai dele o porque de tudo isso, e pediu que tivesse paciência com o Caio, ele estava em fase de desmame, e bem ressentindo com isso.
A resposta que ouvi na porta do quarto foi:
- PROBLEMA NÃO É MEU! Não vou admitir manha de criança dentro da minha casa!

TERCEIRA PERGUNTA: O QUE VOCÊ FARIA NO MEU LUGAR?

Assim que ouvi isso, fui recolhendo as minha coisas que estavam no quarto.
Quando meu marido entrou no quarto, pedi pra ele me levar pra casa da minha da mãe.
Ele se recusou no primeiro momento, mas eu insisti.
Não sou obrigada a ficar ouvindo essas coisas, não sou obrigada a tolerar que gritem com meu filho a toa, não abri mão da minha maternidade em nenhum momento da minha vida pra admitir que passem a minha frente, se meu filho estivesse errado, o pai e a mãe dele estavam no cômodo ao lado, era só chamar e não ficar gritando feito um animal, e principalmente - não aceito pro meu filho um tratamento que não dão nem a filha deles.

QUARTA PERGUNTA: O QUE VOCÊ FARIA NO MEU LUGAR?

Esperei o Caio mamar e se acalmar, enquanto ele mamava falei pro meu marido o quanto achava ridículo tudo aquilo, e que eu não queria ficar ali por vários motivos.
Primeiro pela situação toda, e outra, não estava disposta que ninguém viesse me falar nada, aparecesse ali com alguma falsa moral pra justificar tudo aquilo porque eu ia ser muito, muito estúpida, e não, eu não estava realmente com vontade de perder a razão por nada nesse mundo inteiro.
Depois de tudo isso a única coisa que eu tinha dito a respeito era: filho, vem aqui com a mamãe.

Depois de muita insistência pra me levar embora, convenci meu marido que não existia a menor possibilidade de que eu ficasse ali aquela noite, ou pelo resto da vida.
As esperanças dele é que a gente dormisse, e no outro dia tudo amanhecesse lindo e maravilhoso.
(Mas espera ai... foi com meu filho e não comigo, não sou obrigada)
E eu não tava nem um pouco afim de amanhecer naquela casa, com o clima de velório que certamente era o que aconteceria, e com a mãe dele fazendo cara azeda, uma tromba elefante que se arrastaria por metros atras de onde ela andasse, sem olhar na cara de ninguém e quando abrisse a boca pra alguma coisa seria pra dar um coice em alguém.

Quando eu estava saindo, resolveram sair do quarto onde eles tinham se escondido pra me odiar, me pararam na sala pra despejar em cima de mim todo tipo de comentário inútil que alguém pode e não pode imaginar.
Claro que eu fui a ruim da história, que segundo minha sogra eu arranquei o menino do colo dela, e segundo ela mesma disse eu sou muito infantil por querer ir embora, que um adulto iria deitar e dormir (oi?) e que eu estava indo embora e eles nunca mais iam ver meu filho pq eu sou ruim o suficiente pra tirar o Caio do convívio deles.

Sinceramente a essa altura, eu já não me importava nem um pouco com o que alguém estava falando, eu queria sair dali o mais rápido possível.
Queria ir embora, não ouvir mais, não ver.. minha repulsa foi tão grande que eu só sentia nojo, da casa, do ar, das pessoas, pra mim tudo aquilo estava contaminado de alguma coisa tóxica a ponto de matar, era como se houvessem vermes brotando ali pelas paredes e pelo chão, tudo me empurrava pra fora dali, e apesar de ser ridículo e estúpido a idéia de tirar o Caio do convívio deles, que são avós, dava vontade de fazer exatamente isso.
De mudar pra longe, muito longe, num lugar semi-impossível de se chegar, e quando isso fosse possível, que isso aconteça uma vez em nunca.
Ou de morar perto, muito perto, mas jogar uma proibição de convivência, quase que como uma maldição ou praga, pra ninguem nem transitar em frente onde você mora...
Por fim, acredito que todos os meus devaneios se resumem a uma só coisa: querer uma paz que nunca consegui ter desde que casei.
Anseios por privacidade, de fazer passeios em família sem obrigatoriamente ter que levar a cunhada TODAS as vezes, a ponto de todas as pessoas acharem que ela é alguma filha do primeiro casamento do seu marido.
Querer não ter a vida invadida, estuprada por opiniões. Viver com minha família sem interferências.
Coisa que nunca consegui mesmo depois de me mudar pra São Carlos, porque sempre existe um meio de mandar remotamente na minha casa, na minha vida, no meu marido, e até no que eu cozinho.


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